Uma das minhas paixões, é o universo dos heróis. O simples fato de ler, conhecer e analisar as histórias criadas para heróis e vilões, me faz viajar em todo o universo de ideias, críticas sociais e análises a respeito de tudo o que fazemos e imaginar como tudo isso seria caso realmente existisse, é deslumbrante e amedrontador ao mesmo tempo. Com isso, um dos personagens que mais amo, é um vilão, que reflete as doenças internas da sociedade e expões de maneira debochada e assustadora todas as consequências de maneira irreal e ao mesmo tempo fascinante. O vilão mais amado do Universo DC, está chegando nos cinemas para contar sua história de maneira única e apaixonante, um dos personagens que mais fascina as pessoas do mundo inteiro é o arquétipo do louco, refletindo as doenças sociais, e nossos maiores medos e desafios em si mesmo.
O Coringa, que imortalizou Heath Leadger com uma versão calculista e anarquista fascinou o mundo, e Cesar Romero que na década de 60 infantilizou o personagem, deixa claro que Coringa possui versões singulares e transformadoras.
No dia 03 de outubro, a historia de Origem do personagem, chega aos cinemas, para contar uma piada nada engraçada.
Arthur Fleck luta para se integrar a sociedade perdida de Gotham. Um palhaço de dia e aspirante a comediante a noite, mostra o desespero de alguém que não é visto e torna-se motivo de piada. Vitima de uma doença mental real, o Aspecto Pseudobulbar, faz com que seus portadores sintam vontades incontroláveis de rir em momentos inapropriados, e traz inúmeros outros problemas a sua personalidade. Sendo assim, com uma atitude equivocada ele causa uma reação em cadeia impressionante.
Joaquin Phoenix, conhecido por performances arrebatadoras no cinema, trás um personagem único, sem vínculos e referências a qualquer outro universo e uma risada assombrosa, que muda refletindo o humor do personagem.
O ator, que emagreceu cerca de 23kg para interpretar o papel, conta que não se inspirou em nenhuma outra versão, porque sentiu a necessidade de ser uma nova criação. Segundo Joaquin " O coringa de Heath Leadger é inalcançável, mas garante que honrará seu nome no cinema". Para isso o diretor Todd Phillips avaliava cada risada, para que nada ali parecesse irreal, ou superficial mostrando uma sociedade em crise econômica, cada vez mais doentia em Gotham.
No Festival de Veneza, Coringa foi aplaudido por cerca de 8 minutos diretos, em pé pelos maiores críticos de cinema no mundo, e sai como o favorito ao Oscar. Phoenix, fez algo que ainda não havia sido tão bem feito no cinema. É um filme único.
Para Owen Gleiberman "Phoenix está interpretando um nerd com a mente desequilibrada" e para Terri White da Revista Empire é " Um triste e caótico estudo sobre alguém que não é visto".
Coringa foi descrito pelos críticos como "Avassalador" e "Hipnotizante", trazendo o equilíbrio do humor e do sombrio sem falhas.
Dentro de tantos elogios, não pude perder a oportunidade de deixar aqui meu carinho e paixão pelo personagem mais icônico das HQs, com a sua nova identidade visual.
A maquiagem, é um meio de explorar facetas incríveis de alguém como método de personalidade e diálogo sem palavras, e a nova roupagem do Coringa de Joaquin Phoenix, deixa isso claro no decorrer do filme.
A maquiagem do palhaço, geralmente é debochada e escrachada ao riso alto, e pequenas ações para fazer as pessoas rirem, mas ao meu ver, o palhaço é alguém que internamente costuma tirar sarro de seus próprios desastres utilizando de uma roupa infantilizada para parecer mais saudável.
No caso de Joaquin, a maquiagem explorada pelo ator, muda de acordo com seus sentimentos, então sua risada se transforma também, como quando está feliz, ou quando está triste e a maquiagem mostra mais a faceta de alguém que chorou e borrou tudo aquilo que foi feito em seu rosto. As marcas laterais do riso exagerado, não possui cicatrizes ainda, como o Coringa de Heath Leadger, já que as cicatrizes na boca, contam uma história assustadora que no filme não foi abordado e em cada universo o coringa possui uma personalidade diferente.
Não tem como não reconhecer como referência os cabelos esverdeados do personagem, e no meu caso, como meu cabelo está em processo de mudança de coloração, em algumas fotos, transformei a sua cor pelo Photoshop para que ficasse mais real, e em outras, mantive o tom natural para que vejam a maquiagem sem retoques e consigam entender o aspecto real da identidade do personagem.
Já pensou se o Coringa fosse uma mulher? Ou mesmo, se ele não tivesse os cabelos coloridos, qual a sua identificação com a personalidade do Palhaço?
Amei a matéria
ResponderExcluirmuito obrigada Ana!!!
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